Páginas

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Cozinhando com as bruxas....

Faça com que sua casa seja abençoada com muitas refeições mágicas e com uma cozinha cheia de poder, pois quem vai dar vida a ela será você, então capriche.Use toda sua criatividade, mas também tenha por perto itens que podem auxiliar e lembrar, nos dias mais corridos, que você precisa cozinhar com amor, pois será as energias do preparo o ingrediente mais importante, o segredo do seu tempero...

Enquanto estiver cozinhando pense na realizações de desejos que possam surgir, tipo, quero que este alimento cure meu resfriado... quero que este alimento traga harmonia e saúde para a minha família!
É legal ter símbolos dos seus desejos em pontos estratégico pois ao olhar vc se sintoniza com aquele significado, vibrando e movimentando aquela energia.
 Sugestões:
Mandala de grãos (símbolo universal de prosperidade) que vc mesma pode fazer
Galho de ervas aromáticas: louro, alecrim, etc.
Arranjo com canela em pau e outras especiarias
Cesta com frutas frescas e secas
Quadro com significado positivo
Ikebana : arranjo floral  que visa a harmonia do ambiente ,
Vasinhos com plantinhas, etc
 Cada um de nós tem suas crenças e isso é o que vale pois o objetivo é despertar e movimentar as nossas energias positivas. Não adianta colocar um aquário em casa se você acredita que traga malefícios para a sua vida, entendeu?

Claro que o oposto funciona da mesma forma, então não é inteligente nos sintonizar com coisas que nos tragam sentimentos e pensamentos de raiva, vingança, tristeza, revolta , medo , culpa na hora que estivermos preparando ou ingerindo os alimentos pois este será o tempero energético... Depois não sabe porque determinado alimento te fez mal naquele dia... rsss


Dicas :

1. mexer os ingredientes da panela no sentido horário você estará promovendo o positivo, e atraindo seu desejo, e em sentido anti horário, estará repelindo um pedido.

2.Você pode também acrescentar símbolos aos alimentos, como por exemplo, enfeitar o bolo de chocolate para prosperidade com moedas de chocolate, alguns pedacinhos de canela em pau jogados, só para ter significado. O louro e a noz moscado também servem bem a prosperidade financeira. O damasco simboliza moedas de ouro.

3.Preparar os alimentos ouvindo música do seu agrado, não importa o ritmo e sim trazer alegria!!!

4. Não veja televisão na hora da refeição... Imagina a cena de uma novela onde o mocinho sofre uma injustiça ... Qual o sentimento vai detonar nas pessoas que estão assistindo? Este sentimento vai alterar seu metabolismo e interferir na sua digestão. Elementar, é só raciocinar, não é?

5. Deixe para dar bronca nos filhos e conversar sobre orçamento doméstico em outro momento. Esses assuntos causam estresse e geram conflitos. Faça do momento da refeição uma forma de agregar a família e não de dispersar!

Tudo isso é magia... movimentação de energia! E para complementar:

terça-feira, 7 de outubro de 2014

MAGIA DO MAR

É aquela praticada próximo ao oceano, ou com objetos criados e transformados pelo oceano.
Há milênios o mar é cultuado, temido, consagrado, ora-se a ele, oferecem-se sacrifícios a ele, é reverenciado. Tem sido a morada de deusas e deuses, sereias e tritões, ondinas e serpentes – monstros horrendos e encantadoras sereias que enganavam os marinheiros, atraindo-os para a morte em rochas traiçoeiras.Sob suas ondas escondem-se antigas e fabulosas terras e civilizações – Atlântida, Lemúria, Lyonesse, para citar algumas – e dele toda a vida surgiu. Portanto, o mar é tanto o início quanto o fim, o alfa e o ômega – a fonte de toda a vida e daquilo que a consome.

Em priscas eras, assim como hoje, os centros populacionais localizam-se nas proximidades de rios ou na costa, garantindo acesso fácil e alimentos – peixes, crustáceos, algas - bem como uma plataforma pela qual artefatos de bambu e piche, madeira e cordas, e posteriormente de formas mais sofisticadas, podiam flutuar e viajar para terras distantes.
Esses povos dependiam do mar para obter alimento; assim, suas próprias vidas eram nele personificadas. Deusas e deuses surgiram de suas profundezas e amorosamente abriram seus braços para abraçar os povos simples, ou sopravam ondas que destruíam suas frágeis embarcações e devastavam aldeias.
Assim como os rios, nascentes e riachos eram reverenciados, também o mar o era. Em conjunto com os ritos religiosos, praticava-se magia, assim como hoje.

Muitas das antigas deidades do mar são hoje objeto de livros – Possêidon, Ísis, Llyr, Mari, Netuno, Shony, Tiamat, Dylan, Manannan – todos esses e muitos outros receberam libações, incensos, sacrifícios.
O que os livros parecem desconhecer é que eles ainda vivem; seus murmúrios são ouvidos nos ruídos do oceano e seus poderes aumentam e minguam com a lua. Eles aguardam o momento de se erguer e serem novamente reconhecidos.
Apesar de não precisar cultuar o mar ou suas deidades para praticar a magia do mar, você deve respeitá-lo como um amplo depósito de poder. É nossa mãe ancestral, mais antiga que os continentes sobre os quais vivemos, mais velha que a árvore ou a pedra. É o próprio tempo.
A magia do mar é melhor se praticada próxima ao oceano, mas muitos dos encantamentos a seguir podem ser levemente alterados e praticados em qualquer lugar, desde que você possa obter alguns instrumentos.
Um pote com água onde tenha misturado um pouco de sal funciona como uma conexão com o oceano, assim como uma banheira cheia de água salgada. Em antiquários e casas especializadas, procure conchas, areia, alga marinha e outros itens.
A magia do mar é misteriosa e flexível como os próprios oceanos. Eis alguns encantamentos.
As Marés
As marés são um aspecto essencial da magia do mar, assim como a lua para toda magia. Elas assinalam o pulsar do oceano, os fluxos de poder que podem ser controlados e atraídos pela magia.

Há três fases de marés, assim como a lua, a controladora das marés (em inglês, só existem três fases da lua: Crescente, Cheia e Nova):
- Maré enchente, quando a maré sobe (de baixa para alta);
- Maré alta, o máximo que os oceanos se elevam na praia num período de doze horas;
- Maré vazante, quando a maré baixa (de alta para baixa
Na verdade, assim como com a lua, há uma quarta maré, maré baixa, mas esta geralmente não é utilizada em magia. É, no entanto, um bom período para a meditação e introspecção, e também para buscar algo em vidas passadas.
Todos os encantamentos produtivos e positivos devem ser praticados durante a maré enchente. Incluam-se aqui fertilidade, dinheiro, amor, cura e assim por diante.
A maré alta é tradicionalmente o melhor período para qualquer tipo de encantamento; positivo ou negativo, bom ou de banimento.
Quando o mar está em vazante, é o período ideal para encantamentos destrutivos ou de banimento.
Diariamente, há duas marés altas e duas baixas. A maioria das livrarias e lojas de pesca oferece tabelas das marés, assim como jornais em cidades costeiras. Nós temos um aplicativo na coluna do lado direito onde com um clic será aberto a tábua das marés com os horários nas principais cidades brasileiras. Confirme as marés no dia em que desejar realizar um encantamento, se morar perto do mar, e realize-o o mais perto possível da "fase" adequada, para obter melhores resultados. Isso pode ser levado em consideração em todos os encantamentos que for realizar, mas não é necessário.
Para um ritual importante a maré mais alta do mês é o momento mais auspicioso. Você pode determiná-la ao estudar uma tabela de marés para um mês e encontrar o maior número de metros que o mar se eleva na praia. Essa será a maré mais alta, e corresponderá sempre à lua cheia. Se não puder aguardar, não se preocupe não prejudicará o encantamento.
Além dos poderes adicionais no mar durante a maré alta, há também uma razão prática para monitorar as marés. Ritos praticados numa faixa deserta de litoral são experiências realmente evocativas e mágicas, mas se a maré estiver subindo e a área for rochosa, com penhascos íngremes, pode acabar encurralado, sem saída.

Os Instrumentos
Os instrumentos da magia do mar são encontrados no oceano ou atirados pelas ondas na praia. São naturais e feitos pelo homem; antigos como o próprio mar e novos e frescos como a aurora. Apesar de variarem de lugar para lugar e de era para era, eis aqui alguns do mais conhecidos.

Conchas do Mar
Presentes do mar, são usadas para representar as deidades do oceano. Longas e espiraladas, representam os deuses, enquanto as redondas simbolizam as deusas. Cauris têm sido usadas por séculos para a última finalidade.
Muitas bruxas do mar e magos colocam conchas em seus altares por essa razão ao praticar magia do mar em casa.

Quando encantamentos são praticados no litoral, deve-se marcar um círculo protetor com conchas distribuídas em um anel e recolhidas com esse propósito.
Podem ser utilizadas como pingentes para atrair fertilidade, ou para atrair dinheiro, pois já foram utilizadas como moeda.
Apanhe uma grande concha univalve (inteiriça) e ponha-a próxima a seu ouvido. Deixe que ela fale com você. Pode ouvir mensagens do futuro ou do passado; ou o som do mar pode acalmar sua mente para receber mensagens psíquicas.
Uma concha especial que encontre na praia pode ser transformada num amuleto de proteção ou de sorte.
Uma concha posicionada à entrada de uma casa assegura que a sorte entrará nela.
Conchas e outras univalves bem grandes são assopradas no litoral para afastar a negatividade e para convidar os Deuses e espíritos para rituais e encantamentos.

Madeira Flutuante
Pedaços de madeira arrastados pelo mar, cheios de sal marinho e secos pelo sol na praia são o combustível natural de fogueiras místicas, que normalmente são parte da magia.
Essa madeira pode ser utilizada em encantamentos. Apanhe um pedaço apropriado e entalhe nele sua necessidade com uma faca. Atire-o de volta ao mar, implorando que satisfaça seu desejo.
Um pedaço menor pode ser enfeitado com símbolos protetores e usado como amuleto ou talismã para atrair ou repelir forças, dependendo de seus desejos.
Pode-se também fazer uma espécie de bastão mágico com essa madeira; com esse bastão, pode-se desenhar círculos na areia onde praticar magia. Pode-se também utilizá-lo para riscar runas na areia. Não há regras quanto a seu tamanho, forma ou tipo de madeira; seja o que for que o mar ofereça, é bom.

Pedras Furadas
Se encontrar na praia uma pedra com um furo, apanhe-a pois é um valioso instrumento de magia. A pedra furada é pendurada em casa para proteção, usada numa corrente no pescoço com a mesma finalidade, e para muitos outros fins em magia.
Apanhe uma pedra furada, encontre um graveto no qual se encaixe firmemente e atire-os ao mar. Um amor virá até você.
Para ver os espíritos do mar, leve a pedra furada ao mar, à noite, na maré alta. Feche um olho, de frente para o mar, e ponha a pedra furada no outro. Olhe através do buraco e você poderá ver os espíritos.
Para cura, coloque a pedra furada em sua água de banho. Acrescente sal e entre na banheira. A pedra só poderá ser utilizada para este propósito.

A pedra furada é um dos mais valiosos instrumentos de magia, e é grátis, um presente do mar. Por ser um símbolo da eternidade e da força feminina da natureza, não é apenas uma peça de boa sorte, nem só um eficiente instrumentos de magia; é sem dúvida sagrada.

Algas
Se por um lado as algas são uma importante fonte de alimento em muitas partes do mundo, no Ocidente ela é raramente utilizada, a não ser no processamento e conservação de diferentes alimentos e produtos como creme dental e sorvetes. Entretanto, há muitas utilizações mágicas para a alga marinha.

Seque um pequeno pedaço de qualquer espécie de alga ao ar livre. Quando estiver completamente seco, pendure-o em casa para proteger a estrutura do fogo.
Algas secas também são usadas para acender fogueiras nas praias, e penduradas ao ar livre como indicadores do clima. Quando a alga estiver enrugada, o clima será ensolarado. Quando incha, e parecer molhada ao toque, existe a possibilidade de chuva.
Um pequeno pedaço de alga marinha numa garrafa de uísque, bem fechada e colocada numa janela ensolarada, pode atrair dinheiro à sua casa. A garrafa deve ser agitada diariamente.
A seguir, uma coleção de encantamentos marinhos como praticados hoje. Podem ser utilizados por qualquer pessoa, desde que esteja perto do mar, ou mesmo de um grande lago ou rio.


Uma Purificação
Quando sentir-se amaldiçoado, enfeitiçado, irado ou atormentado por medos e ansiedades, caminhe ao lado do mar na alvorada. Deixe as ondas baterem em você, e diga algo semelhante ao que segue:
EU PRATICO ESTE GESTO DE PURIFICAÇÃO
NO LOCAL DO INÍCIO DE TODA VIDA;
AS ONDAS COBREM O CORPO E O ESPÍRITO;
A POEIRA CAI NO MAR QUE LIMPA;
ESTOU RENOVADO E FRESCO,
FRESCO COMO O MAR.

Saia então da água e deixe que os ventos sequem seu corpo. Está feito.


Para Entrar em Transe
Sente-se na praia e feche seus olhos, acima da linha da maré alta. Relaxe e ouça o arrebentar e fluir do oceano, e você entrará em transe.
Ou, então, observe os reflexos da lua cheia no oceano; sigas o caminho dela até o horizonte e de volta a você, até entrar em transe.

A Garrafa dos Bruxos do Mar
Leve um vidro com uma tampa hermética (como um pote de maionese) e uma sacola ao mar, bem cedo pela manhã, de preferência logo após a maré alta.
Caminhe pela praia, juntando pequenos pedaços de madeira, conchas, pedras; os objetos naturais atirados à areia pelas ondas. Coloque-os na sacola.
Quando tiver juntando várias coisas, sente-se na praia e espalhe-as à sua frente. Ponha uma por vez dentro do pote, dizendo:

AMULETO DO MAR QUE ENCONTREI,
ATRAIRÁ ENERGIA DE PROTEÇÃO.
Após pôr todos os objetos no pote, acrescente um punhado de areia fresca e encha com água do mar.
Feche vigorosamente e leve para casa. Em sua propriedade, perto da porta frontal, se possível, cave um buraco no chão, grande o bastante para enterrar o pote.
Enquanto o coloca no buraco, diga:
ONDAS NA AREIA, AS MARÉS EM MOVIMENTO;
VOCÊ É AGORA UM OCEANO SILENCIOSO.
EXPULSE QUALQUER MAL PARA O MAR;
É O MEU DESEJO, ASSIM SEJA.
Cubra o pote e devolva à terra uma aparência normal. Se não puder enterrá-lo, esconda-o num vaso, cubra com terra ou areia, e deixe-o do lado de fora, próximo de casa.
O pote funcionará como um sistema de proteção para sua casa e todos que nela moram.

Para Enviar Poder
Sente-se na praia e medite. Visualize sua necessidade. Sinta o poder. Quando a energia estiver em seu auge, aguarde até que uma onda arrebente na areia, libertando-a. A onda ampliará tremendamente o poder.

Um Encantamento de Amor do Mar
Numa sexta-feira, na maré alta, de preferência à noite, leve uma maçã e alguns cravos ao oceano. Na praia, espete a maçã com os cravos, desenhando três vezes a runa de seu amor.
Segure a maçã com sua mão de poder e imbua nela seu desejo de amor, dizendo palavras como:
MAÇÃ DO AMOR, CRAVOS DO FOGO,
ESTA É MINHA NECESSIDADE, MEU DESEJO!
Atire a maçã em direção ao mar, o mais longe que puder. Assim será.

O Encantamento do Balde
Encha um balde com água do mar e devolva-a em seguida. Repita mais duas vezes, e a cada vez que devolver a água ao mar, diga:
EU DEVOLVO A VOCÊ O QUE É SEU,
DEVOLVA-ME O QUE É MEU.
Este encantamento era utilizado para que marinheiros e pescadores voltassem para casa em segurança.
Para Comunicar-se com Alguém no Mar
Encha um vaso grande de cristal com água do mar. Coloque-o na areia e, sentado diante dele, erga suas mãos, visualizando claramente o rosto da pessoa. Tire suas mãos e escreva com sua imaginação sua mensagem na superfície da água.
A seguir, jogue a água ao mar. Este encantamento levará sua mensagem à pessoa no mar.

Um Encantamento do Mar
Este é um encantamento de múltiplos propósitos.
Vá ao mar quando a maré começar a subir (após a maré baixa, mas antes da cheia). Desenhe na areia, pouco antes de onde a água alcança, um círculo de cerca de 30 cm de diâmetro, usando seus dedos.
A seguir, desenhe uma runa ou imagem de sua necessidade dentro do círculo que desenhou. Enquanto desenha, visualize uma chama azulada surgindo na areia à medida que seus dedos a riscam. Quando a figura estiver completa, veja o poder como um líquido fosforescente que ocupa os sulcos que formam o símbolo num padrão perfeito de sua necessidade.
Visualize firmemente.
Afaste-se então e aguarde que as ondas subam e desmanchem seu desenho, liberando a energia para que siga e realize seu desejo.

Um Encantamento com Conchas
Junte uma quantidade suficiente de conchas, na praia. Elas não precisam ser perfeitas, nem polidas, mas devem estar razoavelmente inteiras e completas. Faça isso, é claro, na maré apropriada.
Numa parte isolada da praia, fique em pé, segurando as conchas em sua mão (ou numa sacola) e observe as ondas por um instante. Todas as sétimas ou nonas ondas devem ser maiores que as demais.
Logo depois da onda maior, disponha as conchas na areia recém-molhada formando uma imagem rústica de sua necessidade. Ou, se desejar, simplesmente forme com as conchas as letras que escrevem seu desejo.
Aja rapidamente, volte alguns passos e aguarde o retorno da onda mais forte. Se, quando retornar, a onda levar suas conchas de volta para o mar, seu desejo será concedido

Fonte: 'Magia Natural: Rituais e Encantamentos da Tradição', de Scott Cunningham

sábado, 8 de dezembro de 2012

Achei interessante este texto: Calendários...


Calendários, Deuses E O Nexo Temporal

Final de ano, início de outro... A humanidade desenvolveu CALENDÁRIOS como uma tentativa de compreender, prever e até conquistar o TEMPO e, assim, acalmar boa parte de nossos temores quanto a este conceito que parece fluir em constante fuga, sendo a distância entre a causa e o efeito de tudo que presenciamos. Estabelecer e seguir um calendário é adquirir a sensação de segurança, de integrar-se ao ritmo do Universo e esta iniciativa é milenar e comum a todas as culturas.
Existe uma infindável variedade de medições do tempo conhecidas, destacando-se os calendários egípcio, grego, asteca, romano, maçônico, revolucionário (relativo à Revolução Francesa de 1789), chinês, muçulmano, gregoriano.... O que existe em comum é a tentativa de marcar no tempo, pontos de referência que relacionados aos fenômenos naturais, cuja evolução e repetição periódica são passíveis de observação.

Organizar o tempo é ter-se a impressão de dominar, através da regulamentação, aquilo a que não se pode escapar. É possuir um meio de marcar as etapas da própria evolução humana, exterior ou interior, e de celebrar, ao mesmo tempo, numa data fixa, tudo aquilo que faz lembrar as relações do homem com os deuses ou o cosmo, ou com os mortos. A contemplação de um calendário evoca o perpétuo reinício. Ele é o símbolo da morte e do renascimento, assim como da ordem inteligível que preside ao escoamento do tempo; é a medida do movimento.

(Extraído de CHEVALIER, Jean - Dictionnaire des Symboles. Paris, Éd. Robert Laffont S.A. e Ed. Júpiter, 1982)

Por serem mais curtos e mais fáceis de observar, os ciclos lunares formaram a base dos calendários de muitas culturas. O ciclo solar é mais complexo, exigindo estágios culturais mais avançados para serem adotados.

O calendário egípcio antigo já era bem elaborado e perfeitamente adaptado às necessidades locais: ano de 365 dias, dividido em 12 meses de 30 dias e mais 5 dias adicionais, sendo os meses, agrupados em três estações: inundação, inverno, verão. Dias e noites são divididos em 24 horas, que a astronomia helenística subdividirá em 60 minutos, de acordo com o sistema sexagesimal que é de origem babilônica.

Já entre os primeiros hebreus, o sistema era lunar, herdado dos fenícios, porém, no período bíblico, passou a ser solar.

Via de regra, o calendário está em paralelo com os ciclos da natureza, porém, a modernidade impôs, de forma global, uma uniformidade COMERCIAL, sendo adotado um mesmo padrão em todo o mundo, ignorando-se a falta de sincronismo com os eventos naturais.

Por exemplo, enquanto o "fim de ano", no Hemisfério Norte, está em sincronia com o INVERNO, ou seja, o período de declínio energético, do risco de morte, das adversidades da natureza, seguido na PRIMAVERA, como ponto de partida de um "ano novo", aqui no Brasil, temos que nos convencer que o ciclo "acabou" justamente no VERÃO, ou seja, quando estamos no auge da energia e deveríamos estar no máximo da ação...

Boa parte do calendário atualmente adotado, deriva dos modelos juliano (homenagem ao imperador romano Júlio Cezar...) e gregoriano (dedicado ao papa Gregório...). Para melhor compreender os significados simbólicos atribuídos a cada mês, existe uma interessante série de poemas escritos por Públio Ovídio Nasão (Publius Ovidius Naso), em seu livro Fastos, onde descreve as festas religiosas romanas, dos seis primeiros meses do ano. Mesmo sendo um autor "pagão", Ovídio permaneceu na lista de literatura "permitida" pelo Vaticano do século XII.

O mês de JaneiroIanuarius mensis, em latim, era dedicado ao deus Jano, protetor de todos os começos, representado com duas faces, uma voltada ao passado, outra, ao futuro, sendo conhecedor de tudo o que já ocorreu ou que virá a acontecer.

Februarius mensis, ou, Fevereiro, é o mês reservado às cerimônias de purificação e expiação denominadas Februa., não sendo dedicado exclusivamente a nenhuma divindade em especial.

MarçoMartius mensis, relativo a Marte, deus guerreiro, era o mês inicial do antigo calendário romano, pois era considerado o pai mitológico de Rômulo, primeiro rei de Roma, além de preparar para a primavera (hemistério norte...) que aflora no mês seguinte, ou seja, Abril (Aprilis, aperire) , que significa ABRIR, período dedicado a Vênus, deusa da fertilidade, do amor; também, são homenageadas as deusas Flora, Vesta e Ceres.

O mês de Maio (Maius mensis, em latim), possui variadas versões quanto à etimologia: ou deriva da deusa Maia, mãe de Mercúrio, como também pode originar de "aos Maiores" (Maius), ou seja, período dedicado aos mais velhos, aos antepassados. Por sinal, esta versão corrobora a de que Junho (Iunius, iuvenis = jovens, juniores...) fosse um período em homenagem aos jovens; outrossim, também pode ser atrubuído à deusa romana Juno, que é assemelhada à poderosa Hera, da mitologia grega. Alguns estudiosos associam ao verbo iungo, que significa juntar, unir, pelo fato de ser este mês atribuído ao da unificação entre os romanos e os sabinos (após o episódio do "rapto das sabinas"...).

Os meses de Julho e Agosto homenageiam os imperadores romanos Júlio e Augusto, iniciando-se, a partir deste ponto, a nomeação sequencial numérica para os demais (antes de Júlio Cezar, o calendário era subdivido em 10 meses...): Setembro (mense septembri, relativo ao numeral "sete"), Outubro (Octóber mensis, oito...), Novembro (novembris, nove...) e Dezembro (decèmber, dez...).

Como podemos constatar, nosso calendário atual é povoado por deuses, imperadores e algarismos romanos e certamente existe uma SINCRONICIDADE entre tais tópicos e as predisposições comportamentais de cada mês... Se nas regiões Norte de nosso planeta, ainda existe uma cerca sincronia entre o significado de cada mês e as estações do ano, tornando mais fácil o entendimento, ainda assim, por força da globalização que padronizou as medições do TEMPO, perdeu-se a relatividade e universalizou que dezembro é o FIM (ainda que no Brasil, seja VERÃO e não inverno...) de um ciclo, que re-INICIA em janeiro (que aqui, ainda é verão, ao invés de PRIMAVERA...). Na antiguidade, os povos comemorariam o término do período difícil, de tempo frio, neve, isolamento, falta de alimento, alegrando-se com a volta do calor, da abundância de recursos, do retorno às atividades, ao desbrochar da vida...

Modernamente, continuamos a celebrar, não mais pela sintonia de nossas emoções com a natureza à nossa volta, mas sim, muito mais por adaptações religiosas às datas festivas "pagãs" e pela pressão social que impõe a todos seu calendário COMERCIAL padrão.

Outrossim, não raro, muitos de nós sentem-se desconfortáveis, até mesmo envoltos em emoções "contra a corrente" do momento, vivenciando tristeza, raiva, medo... Talvez, interiormente, estejam ainda em pleno FOGO de verão, desejosos em realizar sonhos, em materializar objetivos, enquanto o restante da sociedade lhe despeja um balde de gelo invernal, dizendo: acabou-se o TEMPO...

O mito de Jano, o rei-deus guardião de Saturno/Cronos (o tempo...), homenageado, não por acaso, em Janeiro (início dos anos...) nos apresenta um rosto voltado para o passado, outro, ao futuro e uma fusão que ocorre no exato momento da passagem entre os extremos, o NEXO, instante fora do tempo e espaço, em que é sentida intensa comoção pelo término de um ciclo de vida. O sofrimento experienciado por muitos de nós, é consequência da permanência no Nexo, refúgio desconfortável onde se ilude eternizar aquilo que é efêmero, passageiro.... É o complexo saturnino, descrito na psicanálise, com a recusa de "perder", de deixar passar, aquilo a que nos ligamos sucessivamente na vida, evocando o outro lado do mito de Cronos, em que devora seus próprios filhos.

Jano toma conta do TEMPO, sem jamais pretender dominá-lo ou detê-lo e é igualmente o senhor dos portais, das entradas e saídas, e ao fechar uma porta, simultaneamente abre outra... Sofremos por insistir no caminho já trilhado e agora fechado, deixando de perceber a nova porta aberta, à espera de nossa passagem por ela.
Henrique.

Henrique Vieira Filho - Terapeuta Holístico - CRT 21001, é autor de diversos livros da profissão, ministra aulas na CEATH - Comunidade de Estudos Avançados em Terapia Holística.
(11) 3171-1913
Texto original de: http://www.sinte.com.br/revistaterapiaholistica/psicoterapia/psicoterapia-tecnicas/psicanalise/268-calendario-deuses-meses-jano-nexo.html#ixzz2EScmHmHk
Direitos Autorais: SINTE - SINDICATO DOS TERAPEUTAS 

sábado, 11 de fevereiro de 2012

As Profecias de Chico Xavier

Este é um resumo dos pontos interessantes do texto. A íntegra pode ser lida no exemplar nº 439, ano XXXV, de maio de 2011 do jornal Folha Espírita:

"Há muito tempo carrego este fardo comigo e sempre me preocupei no sentido de que Chico Xavier não me falaria tudo o que relato nesta edição da Folha Espírita à toa, senão com uma finalidade específica. Na ocasião da conversa que descrevo nas páginas seguintes, senti que minha mente estava recebendo um tratamento mnemônico diferente, para que não viesse a esquecer aquelas palavras proféticas, e que, em momento oportuno do futuro, eu seria chamado a testemunhá-las.

Tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes sem conta, madrugada adentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns, notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho de Jesus. Um desses temas foi em relação ao Apocalipse, do Novo Testamento. Desde então, em nossos colóquios, Chico Xavier tinha sempre uma ou outra palavra esclarecedora sobre o assunto, pontuando esse ou aquele versículo e fazendo-me compreender, aos poucos, o momento de transição pelo qual passa o nosso orbe planetário, a caminho da regeneração".

Numa dessas conversas, lembrando o livro Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho, escrito pelo espírito Humberto de Campos, Lemos Neto externou ao Chico sua dúvida quanto ao título do livro, uma vez que ainda naquela ocasião, em meados da década de 80, o Brasil vivia às voltas com a hiperinflação, a miséria, a fome, as grandes disparidades sociais, o descontrole político e econômico, sem falar nos escândalos de corrupção e no atraso cultural.

"Lembro-me, como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo: "Ora, Geraldinho, você está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguições para ser supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos e morrer crucificado entre dois ladrões? Não nos esqueçamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações, padeceu o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!"

Na seqüência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria exatamente dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa nação e do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de algum tempo, retornou para dizer-nos: "Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz? Nas páginas finais da narrativa, no cap. XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes Transições, nele Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir novamente sobre os destinos do nosso mundo".

Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária, deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar. O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato que se materializou em 20 de julho de 1969.
Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta. O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles foram dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última chance de progresso moral.

O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a chamada última hora.

Perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu: "Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em 20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao final desse período. Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os homens e as nações da vanguarda terrestre. Segundo a imposição do Cristo, as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a chamada III Guerra Mundial. Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50 anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando uma guerra de destruição nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar como um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas nações mais desenvolvidas e cultas!"

Perguntei, então, ao Chico a que avanços ele se referia e ele me respondeu: "Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a pobreza e a fome, que estarão extintas; teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos avanços da Medicina; o homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará mais generalizada; também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias novas, até então, inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico; haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas, possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para o além-túmulo; enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra, uma gloriosa fase de espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta."

Foi então que, fazendo as vezes de advogado do diabo, perguntei a ele: Chico, até agora você tem me falado apenas da melhor hipótese, que é esta em que a humanidade terrestre permaneceria em paz até o fim daquele período de 50 anos. Mas, e se acontecer o caso das nações terrestres se lançarem a uma guerra nuclear? "Ah! Geraldinho, caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra nuclear de conseqüências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência. O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com terremotos gigantescos; maremotos e ondas (tsunamis) conseqüentes; veríamos a explosão de vulcões há muito extintos; enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os pólos do globo com trágicos resultados para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares; e, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por tornar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre."
Mas, o que aconteceria especificamente com o Brasil?

Segundo o médium, "em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância sociocultural, política e econômica perante a comunidade das nações. Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande fonte energética, com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobrás uma das maiores empresas do mundo. O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, isso terá como conseqüência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das outras nações também. Agora, caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável, grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil que, então, seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho, exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos migrantes.

A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais básicos".

Segundo Chico me revelou, o que restasse da ONU acabaria por decidir a invasão das nações do Hemisfério Sul, incluindo-se aí obviamente o Brasil e o restante da América do Sul, a Austrália e o sul da África, a fim de que nossas nações fossem ocupadas militarmente e divididas entre os sobreviventes do holocausto no Hemisfério Norte. Aí é que nós, brasileiros, iríamos ser chamados a exemplificar a verdadeira fraternidade cristã, entendendo que nossos irmãos do Norte, embora invasores a "mano militare", não deixariam de estar sobrecarregados e aflitos com as conseqüências nefastas da guerra e das hecatombes telúricas, e, portanto, ainda assim, devendo ser considerados nossos irmãos do caminho, necessitados de apoio e arrimo, compreensão e amor.

Neste ponto da conversa, Chico fez uma pausa na narrativa e completou: "Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações distintas. Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste, somados a Goiás e ao Distrito Federal. Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em sintonia com a Colômbia e a Venezuela. Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil, unindo-os ao Uruguai, à Argentina e ao Chile. Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste, em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru. E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos. Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores. Vejamos, por exemplo: os norte-americanos podem nos ensinar o respeito às leis, o amor ao direito, à ciência e ao trabalho. Os europeus, de uma forma geral, poderão nos trazer o amor à filosofia, à música erudita, à educação, à história e à cultura. Os asiáticos poderão incorporar à nossa gente suas mais altas noções de respeito ao dever, à disciplina, à honra, aos anciãos e às tradições milenares. E, então, por fim, nós brasileiros, ofertaremos a eles, nossos irmãos na carne, os mais altos valores de espiritualidade que, mercê de Deus, entesouramos no coração fraterno e amigo de nossa gente simples e humilde, essa gente boa que reencarnou na grande nação brasileira para dar cumprimento aos desígnios de Deus e demonstrar a todos os povos do planeta a fé na Vida Superior, testemunhando a continuidade da vida além-túmulo e o exercício sereno e nobre da mediunidade com Jesus".

Segundo Chico Xavier, o Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos e tsunamis, notadamente nas zonas costeiras. Acontece que, de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.

Outra decisão dos benfeitores espirituais da Vida Maior foi a que determinou que, após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra. Reencarnar aqui, a partir dessa data, equivaleria a um valioso prêmio justo, destinado apenas aos espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações. Insere-se dentro dessa programação de ordem superior a própria reencarnação do mentor espiritual de Chico Xavier, o espírito Emmanuel, que, de fato, veio a renascer, segundo Chico informou a variados amigos mais próximos, exatamente no ano 2000. Todos os demais espíritos, recalcitrantes no mal, seriam então, a partir de 2000, encaminhados forçosamente à reencarnação em mundos mais atrasados, de expiações e de provas aspérrimas, ou mesmo em mundos primitivos, vivenciando ainda o estágio do homem das cavernas, para poderem purgar os seus desmandos e a sua insubmissão aos desígnios superiores. Chico Xavier tinha conhecimento desses mundos para onde os espíritos renitentes estariam sendo degredados. Segundo ele, o maior desses planetas se chamaria Kírom ou Quírom.

O próprio Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas. São, na realidade, um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a hipótese do pior caminho.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

EVANGELHO DOS ESSENIOS

PARA A MÃE TERRA

“Abençoado seja o Filho da Luz 
que conhece sua Mãe Terra, 
pois é ela a doadora da vida. 
Saibas que a tua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela. 
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida 
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolvas. 
Saibas que o sangue que corre nas tuas veias 
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra, 
o sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela 
borbulha nos riachos das montanhas 
flui abundantemente nos rios das planícies. 
Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra, 
o alento Dela é o azul celeste das alturas do céu 
e os sussurros das folhas da floresta. 
Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra. 
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra. 
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos 
nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra 
que te rodeiam feito às ondas do mar cercando o peixinho. 
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro 
em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra 
ela está em ti e tu estás Nela. 
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente. 
Segue, portanto, as Suas leis 
pois teu alento é o alento Dela. 
Teu sangue o sangue Dela. 
Teus ossos os ossos Dela. 
Tua carne a carne Dela. 
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também. 
Aquele que encontra a paz na sua Mãe Terra não morrerá jamais, 
conhece esta paz na tua mente 
deseja esta paz ao teu coração 
realiza esta paz com o teu corpo.” 
(Evangelho dos Essênios)